quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

O último adeus

Não é uma boa hora pra te contar isso, mas não tem outro jeito. Eu nunca tive bactéria nenhuma, na verdade, o que eu sempre tive foi câncer. Pode até pensar que é mentira, mas eu vomito sangue, meu cabelo caiu, toda vez que eu ando muito eu desmaio... Não estou dizendo pra você me perdoar, mas pra me entender. Eu sempre fiz de tudo pra chamar a sua atenção... E naquela vez que eu disse que eu tinha que operar, na verdade era só pra ver a sua reação diante daquela situação. Já que eu ia “operar”, você resolveu me tratar bem. Imagina se eu tivesse te contado que eu tinha câncer desde o começo... não ia ser a mesma coisa. E toda vez que eu te falava que ia operar, ou era pra chamar a sua atenção, ou era porque eu queria sumir pra ver se você ia sentir saudade. Eu nunca tive amigos de verdade, porque eles sempre tiveram pena de mim. Mas quando eu te conheci, quando eu pensei em te contar o que estava acontecendo comigo a um bom tempo, alguma coisa me dizia que era pra eu ficar calado, se não você ia de alguma forma me tratar diferente... E eu não queria isso, porque depois que eu te conheci, eu me apaixonei e eu não queria que você me amasse por causa dessa doença. Eu te peço perdão por tudo que eu te fiz, e, por favor, quando você se sentir sozinha, penso em mim, pensa nas vezes que eu te fiz sorrir, pensa nas coisas que nós passamos. Pensa também, que eu vou estar contigo, em qualquer lugar, te protegendo. Esses dias eu descobri que eu tenho pouco tempo, mas eu quero passar um pouco desse pouco tempo pra te esperar, ainda tenho esperanças de que um dia você volte e me dê um último abraço. Espero que você tenha um feliz Natal, e um ano novo com muitas amizades, amores, paz, saúde e que você possa realizar todos os seus sonhos. Um beijo do pivete mais apaixonado do mundo s2. ”

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